um bluff que correu mal

grecia-euro«Para já, temos de ser claros e não ter medo das palavras. O governo grego capitulou em toda a linha. Jogou, ameaçou, fingiu, desafiou, insultou, arriscou e, no fim, percebeu-se que tudo não passou de um enorme “bluff”. O Syriza ameaçou ser a arma de destruição maciça do euro, o bombista-suicida que poderia fazer implodir o euro e uma parte do projecto europeu se as suas condições não fossem aceites. Afinal, a última coisa que Atenas queria era sair do euro. Afinal, a última coisa de que Atenas pode prescindir é do financiamento dos restantes países do euro para sobreviver. Afinal, o único plano económico e financeiro que Tsipras tem desde o início é pedir dinheiro aos mesmos de sempre pelo menor encargo possível. E quando não se tem um plano B, quando não se está verdadeiramente disposto a virar o tabuleiro do jogo e sair porta fora, quando não se sabe o que fazer se aquela negocição falhar mesmo não se coloca a fasquia à altura que Atenas a colocou.» (daqui)